Vange Leonel nasceu em 1963 e começou na música com o grupo de pós-punk Nau, fundado em 1985. Seu maior hit, “Noite Preta”, eterno tema de abertura da novela “Vamp” foi lançado em 1991, cinco anos antes de EP Vermelho, lançado por sua gravadora independente, Medusa Records, fundada ao lado da esposa Cilmara Bedaque, com quem viveu por 30 anos. 

Militante dos movimentos feministas e LGBT, Vange passou a se dedicar à literatura em 1999 com “Lésbicas”. Publicou depois “Grrrls: Garotas Iradas”, em 2001, com textos da revista LGBT Sui Generis entre 1997 e 2000. Também junto a esposa mantinha um blog sobre cervejas “Lupulinas”. 

Em 2000 escreveu sua primeira peça teatral, “As Sereias da Rive Gauche”, publicada em formato de livro em 2002 e “Joana Evangelista”, que saiu em 2006, trazendo Joana d’Arc para os dias atuais e falando sobre aborto.

Seu primeiro e único romance foi “Balada para as Meninas Perdidas” de 2003.

Vange faleceu em 2014 e desde então não há uma mesa sobre feminismo, movimento lésbico, visibilidade que não faça falta. Sempre tranquila, sempre da turma do diálogo ensinou muitos de nós a seguir sempre lutando.

Foto: Folha Press