Nascida em Madureira e criada em Vila Izabel, Leci Brandão foi a primeira mulher a fazer parte da ala de compositores da Mangueira. Começou a carreira musical oficialmente em 1973 cantando no icônico Teatro Opinião. Ao longo dos 40 anos de carreira gravou mais de 23 discos, muitos com canções marcadas pelas letras sociais (que lhe rendeu um hiato de 5 anos que foi bloqueada pelas gravadoras) .
Sempre cantando por grupos minorizados, participou de centena de eventos afinados com sindicalistas, estudantes, índios, prostitutas, gays, partidos de esquerda, movimentos de mulheres e principalmente o Movimento Negro.
Além de sambista é reconhecida comentarista de carnaval e entre 2004 e 2012, foi conselheira da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher a convite do então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2010 é eleita deputada estadual de São Paulo pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) reeleita nas eleições de 2014 e 2018 onde se destacou na Comissão de Educação e Cultura e na Comissão de Direitos Humanos. Como presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura no primeiro mandato, atuou de forma propositiva, realizando audiências e intervindo na aprovação de medidas como o PL 483/2013, que instituiu o Programa Cultura Viva em São Paulo, e o PL 483/2013, que institui a Política Cultural Paulista, destinada a promover a produção, a difusão e o acesso aos direitos culturais dos diferentes núcleos comunitários de cultura, entre outros.
Não há manifestação importante sem a presença de Leci, em especial as relativas aos movimentos negros e lésbico. No galpão da Casa 1 dá nome exatamente aos espaços onde acontecem encontros políticos e shows.
Foto: Folha Press
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