Baiana de nascença e internacional na convivência desde que aterrizou em Berlim em 1996, Grace Kelly ilumina e enriquece a cena cross cultural de DJs da cidade. Alinhada bagagem brasileira entre o rural e o urbano, estreia em 1998 como ritmista no Afoxé Loni, bloco carnavalesco que durante anos abriu o Karneval der Kulturen em Berlim. Em seguida, é convidada a atuar como DJ no festival Heimatklänge (Sons da Terra), onde torna-se presença constante e bem-vinda.                          

Passa a ser percebida e é convidada por diversos teatros e clubes tais como Grüner Salon, Tränenpalast, Hebbel am Ufer, Volksbühne, BKA Theater, Haus der Kulturen der WeltLiquidrom, Mudd Club, Far Out. Kulturbrauerei, Trompete, Lido, além de festivais como a Berlinale – Festival de Cinema de Berlim Berliner Festspiele – Festival de Teatro de Berlim

De sina viajante e como agente de transformação política em movimento, já fez vibrar corpos e tremer espaços em Mykonos, Bali, na Grã-Bretanha, Itália, Marrocos, Polonia, Luxemburgo, Brasil, Suiça, Áustria, Israel e nos Países Baixos. Cross-Cultural, ela mistura música afro-brasileira e latinoamericana com electro house, breakbeats orientais e ritmos do leste europeu.                        

Paralelamente Grace produziu mensalmente durante anos o evento Mundo Mix – World Wide Dance Music, que conquistou um público internacional além do berlinensee seu próprio programa de rádio na emissora MultiKulti RBB onde difundiu e divulgou a música brasileira além dos clichês e do circuito mainstream.

A pandemia impulsionou um momento de revisão de carreira e a possibilidade de investir ainda mais tempo em projetos mais ousados. “Um momento de renovação, de produzir com tempo para poder me concentrar no lado criativo, onde sempre quis chegar”, diz Grace ao comemorar sua nova fase que vai além da produção de suas músicas, agora também na direção de seus videoclipes. 

Ao lançar MOUSSY e PPK, Grace entre em um momento auge de sua carreira, depois de muitos anos ouvindo e traduzindo sentimentos, segue conquistando o mundo ao elevar a música como ferramenta política de visibilidade em experiência de registro, legitimação e potencialização de corpos e prazeres. “Neste momento de pandemia, precisei trabalhar muito minha autoestima. Aí pensei como quantas outras manas poderiam estar assim também”, afirma Grace sobre a importância do cuidado coletivo como ferramenta poderosa na construção de identidades, como ela faz com a música.

Como Grace não é pouca coisa, além de DJ, produtora e diretora, ela ainda toca, batuca e canta na banda de mulheres Rainhas do Norte que desde 2003 estusiasma um crescente público com ritmos nordestinos (maracatu, coco, ciranda, baião, perré, frevo, ijexá etc) e composições próprias. Algumas delas já registradas no CD Cada Uma do selo Globalist.

Ela é também integrante do grupo de ativistas brasileires em Berlim contra o golpe parlamentar brasileiro e participa ativamente em coletivos políticos. Sua empatia, por ser estruturalmente parte de minorias políticas, amplia sua força de seguir ultrapassando os obstáculos que lhe são impostos e construir os futuros de deseja viver e construir.

Soundcloud:
www.soundcloud.com/djgracekelly

Spotify:
https://open.spotify.com/artist/2MfKLjemkpnCN5RggJfMQA

Instagranm
www.instagram.com/djgracekelly